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sábado, 11 de junho de 2011

A Stela 5 de Izapa - A Pedra do Sonho de Leí




Stela Funeraria Egipcia

Uma Stela é uma pedra ou madeira, geralmente mais alta do que  larga, erguida para os funerais ou para fins comemorativos.

Ela é geralmente decorada com nomes e títulos dos falecidos ou vivos, e inscrita em relevo (baixo-relevo, alto relevo, e assim por diante), ou pintada.  
Pode também ser utilizada como marcador territorial para delinear a propriedade da terra.

A Stela 5 é uma de uma série de grandes Stelas esculpidas encontradas no sitio da antiga Mesoamérica Izapa, na região de Soconusco de Chiapas, do México, ao longo da fronteira com a Guatemala de hoje.   

Estas Stelas datam de cerca de 300 aC a 50 ou 100 aC[1], embora alguns defendam datas recentes como 250 dC[2].
Documentada pelo arqueólogo do Smithsonian Institute, Matthew W. Stirling em 1941, a Stela 5 é composta por andesitos vulcânicos e pesa cerca de uma tonelada e meia[3].
 
A Stela 5 apresenta as imagens mais complexas de todas as Stelas em Izapa [4].
 
Como muitas das esculturas monumentais de Izapa, o assunto da Stela 5 é considerado mitológico e religioso em sua natureza, [5] e foi executada com uma opulência estilizada. Dada a sobreposição de várias cenas, parece ser uma narrativa [6].

A Stela 5 de Izapa (também catalogada como IS5) é considerada por alguns apologistas mórmons como uma prova convincente da autenticidade do Livro de Mórmon. Abaixo está uma foto e um esquema de seu conteudo.

Stela 5: Fotografia `a esquerda e esquema a direita.

O acadêmico mórmon William J. Hamblin tomou a seguinte posição na Review of Books on the Book of Mormon:

“Este é talvez o monumento pré-colombiano mais conhecido que tem sido associado ao Livro de Mórmon pelos Santos dos Últimos Dias.
 "Ao lidar com essa Stela, deve-se enfatizar que a interpretação da iconografia é extremamente difícil e complexa. Os mesmos símbolos ou combinações de símbolos podem ter significados radicalmente diferentes em épocas diferentes, lugares, sociedades, ou a grupos diferentes dentro de uma única sociedade.
 “Nunca saberemos ao certo o que Stela 5 significava para seus criadores. Para mim, a ligação com o Livro de Mórmon é possível, mas frágil. Mas mesmo se a Stela 5 não tiver absolutamente nada a ver com o Livro de Mórmon, o fato de que alguns Santos dos Últimos Dias a interpretarem mal, não fornece nenhuma evidência contra o Livro de Mórmon".

Hamblin acrescenta em nota de rodapé:

A análise original da Stela 5 de Jakeman M. Wells é "An Unusual Tree of Life Sculpture from Ancient Central America," Bulletin of the University Archaeological Society 4 (1953): 26-49; and M. Wells Jakeman, The Complex "Tree-of-Life" Carving on Izapa Stela 5: A Reanalysis and Partial Interpretation (Provo, UT: Brigham Young University, 1958). Alguns dos mais importantes estudos SUDs recentes da Stela 5, desde a publicação dos Tanners (que nunca lidaram com ela) incluem: Michael T. Griffith, "The Lehi Tree-of-Life Story in the Book of Mormon Still Supported by Izapa Stela 5," Newsletter and Proceedings of the Society for Early Historic Archaeology 151 (December 1982); 1-13; Ross T. Christensen, "Stela 5, Izapa: A Review of Its Study as the 'Lehi Tree-of Life Stone,' " Newsletter and Proceedings of the Society for Early Historic Archaeology 156 (March 1984): 1-6; Alan K. Parrish, "Stela 5, Izapa: A Layman's Consideration of the Tree of Life Stone," in Monte S. Nyman and Charles D. Tate, eds., The Book of Mormon: First Nephi, the Doctrinal Foundation (Provo, UT: Religious Studies Center, Brigham Young University, 1988), 125-50; V. Garth Norman, Izapa Stela 5 and the Lehi Tree-of-Life Vision Hypothesis: A Reanalysis (American Fork, UT: Archaeological Research Consultants, 1985), V. Garth Norman, "What Is the Current Status of Research Concerning the "Tree of Life" Carving from Chiapas, Mexico," The Ensign 15 (June 1985): 54-55.

Os Tanners responderam: 

“Durante vários anos, muitos SUDs fizeram grandes declarações relativas a ‘Stela 5 de Izapa’ que foi encontrada em Chiapas, no México, em 1939. Em 1941, o Smithsonian Institution e a National Geographic Society enviaram uma expedição para estudar a pedra. Em uma carta ao autor deste livro, datada de 01 de maio de 1963, George Crossette, chefe da Geographic Research da National Geographic Society, disse:
 “ ‘Ninguém associado à nossa expedição conecta a Stela, de qualquer forma, ao Livro de Mórmon.’
“Apesar disso, várias publicações SUDs contém fotos e comentários feitos pelo Smithsonian Institute e pela National Geographic Society, que deixam a impressão de que eles apóiam as reivindicações SUDs.

“Mórmons como M. Wells Jakeman têm publicado artigos em jornais e revistas afirmando que esta pedra ajuda a provar que o LdM. é verdadeiro. Os SUDs costumam referir-se a pedra como ‘A Pedra da Árvore da Vida de Leí’, porque supostamente tem muitas semelhanças com a visão da árvore da vida de Leí, em I Néfi 8, no LdM. Alguns artigos de jornais ainda afirmam que os nomes de Leí , Saria, e Néfi estão em três hieróglifos na pedra. Mas, não há qualquer ‘nome em hieróglifo’ na pedra!

“George Crossette também disse em sua carta que a pedra é quase uma duplicata, em todos os seus detalhes elaborados, da pedra chamada ‘Chapultapec’, de proveniência desconhecida, agora no Museu Nacional do México.”
 



Esses são os princípios. 

Agora vamos olhar mais alguns detalhes. 

Em um trabalho de 1953,  M. Wells Jakeman ofereceu uma visão um tanto tendenciosa da Stela 5.[7]
- A imagem central de IS5 é a qual Jakeman chama de "Árvore da Vida" da religião dos maias e astecas. Em volta da Árvore da Vida há várias figuras. 

Algumas destas são personificações de divindades mesoamericanas. No entanto, seis destas figuras são claramente humanas. Jakeman ofereceu estas explicações sobre as seis figuras:

- A primeira figura, um homem velho e barbudo, com uma corcunda, fica de frente à árvore e às outras cinco pessoas. 

Jakeman supõe que esse homem seja “um homem com especial conhecimento religioso” que está falando com os outros sobre a Árvore da Vida, e também um homem de autoridade sacerdotal, porque “ele parece estar fazendo, enquanto ele fala (ou ter feito antes de falar) um holocausto sobre um altar (este último descrito como um pequeno altar ou um queimador de incenso) ...”

- A segunda figura, sentada em uma almofada ou um tipo de assento, atrás da primeira, parece velha, mas está sem barba e tem uma coroa de chifres. 

Jakeman supõe que esta pode ser uma mulher velha. A figura está segurando um grande símbolo em um padrão que mostra uma "face grotesca de perfil", que Jakeman interpreta como a de um crocodilo. Jakeman vê essa face como um símbolo que dá o primeiro nome da figura.


Imagens citadas representadas na Stela 5

Ao final, Jakeman conclui que o casal de idosos é uma representação estereotipada de um "casal ancestral" (como Adão e Eva) da Mesoamérica, que representa (como em outros lugares), um casal idoso real e conhecido.

Querubins?
Agora é claro que certa questão surge nesse ponto - nós temos uma Árvore da Vida, temos "Adão e Eva" da Mesoamérica, temos também duas figuras divinas ao redor da árvore, que podem ser querubins guardando a árvore (cf. Gn 3:24 - figura ao lado) e o cenário também possui uma serpente de duas cabeças. 

Poderia a origem da IS5 ter relação com a cena edênica?

Jakeman admite esta possibilidade, mas com ressalvas. Ele argumenta que existem muitas diferenças entre o relato do Gênesis e seu paralelo da Babilónia: as outras quatro figuras humanas, a Árvore do Gênesis e Babilônia sendo a Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal, e não a árvore da vida, e a serpente na IS5 representa a terra, não a tentação e o mal.

Sem ir muito longe, e sem qualquer compromisso particular com a IS5, se Jakeman fosse um cético, não consideraria isso como prova para negar uma identificação com a memória dos eventos de Gênesis. Comparar o dilúvio de Gênesis com seu paralelo babilônico mostra que mudanças feitas foram suficientes para suspeitar que a IS5 poderia ser uma representação mista e esmaecida da cena do Gênesis.

Mas de maneira alguma isso leva à uma identificação positiva do LdM. Isso significa apenas que o raciocínio de Jakeman é falacioso.

Assim Jakeman opta por uma alternativa: o casal é o ancestral do povo após o dilúvio – algo semelhante a Noé e sua esposa - na Mesoamérica.

- Jakeman identifica as próximas quatro figuras, sentadas no chão de costas para a árvore. 

Lama e Lemuel

Duas ele identifica como os dois filhos do casal guerreiro ancestral. 



Nefi
Um terceiro, que tem uma "pequena barba desgrenhada" e é maior do que os outros, segura "um objeto pontiagudo" e um objeto retangular que Jakeman identifica como uma “caneta” (uma ferramenta para escrita) e uma tábua. Jakeman diz que a identificação desta pessoa é "difícil", mas ele supõe que pode ter sido um terceiro filho.

Sam
A figura final, cujo rosto foi destruído, possui "um guarda-chuva ou sombrinha" sobre a figura anterior, e Jakeman supõe que pode ser um quarto filho. Jakeman nota ainda que o guarda-chuva era um símbolo de governo da Mesoamérica e, portanto, a figura n º 5 seria um governante. 

Outros símbolos ligados a essa figura identificam-no como um pastor ou representante do Deus mesoamericano.

Assim, são as figuras humanas. Jakeman, em seguida, descreve alguns outros pontos de interesse:

- Uma pequena figura humanóide entre as duas primeiras, é "possivelmente um ídolo”.

- Uma figura humanóide em pé no ar, em frente à árvore com os braços estendidos e vestindo uma túnica com capuz, é identificada como um "ser sobrenatural anônimo".

- Uma dupla linha ondulada, que corre abaixo da borda direita e depois vira à esquerda na parte inferior, passando "perto das raízes da árvore." Este é considerado um rio regando a árvore - ou talvez algo mais simbólico.

- Uma ampla linha na parte direita do painel de chão da Stela.

Rio, caminho e barra
- Um complexo de linhas estreitas, algumas das quais Jakeman identifica como um caminho.


- Uma figura final, de pé com barba e segurando um "pequeno objeto arredondado" interpretado como fruto da árvore.

Até agora, o leitor pode estar se perguntando: "Então, quando ele começará a dizer isso é a prova do Livro de Mórmon?" A resposta é, neste estudo, pelo menos, nunca. Sua conclusão foi:  

A escultura é um "retrato de um acontecimento antigo (real ou mitológico) sobre a Árvore da Vida.... símbolo da religião mesoamericana antiga", no qual os mais velhos estavam explicando algumas coisas para o mais jovens.

Então Jakeman passa a listar uma série de elementos na escultura IS5 que ele defende como  "características do Velho Mundo". 

Ou seja, apesar do que ele disse anteriormente sobre semelhanças com o Gênesis e histórias de Babilônia, os quais são também interpretáveis ​​dentro de um paradigma de reminiscências da história original: vestuário e coroa semelhantes aos do Velho Mundo, a utilização do guarda-chuva sobre a pessoa, o uso de um pequeno altar - ele passa a admitir, no entanto, que a maioria dos elementos que ele cita (mas não todos) são bastante simples de ser explicados como sendo objetos independente.

A única dica que consiguimos de Jakeman de que ele faz conexões com o LdM é uma afirmação de que o nome egípcio de Deus era "Nepi", em nota de rodapé, como sendo uma combinação para Néfi.

Trabalhos posteriores sobre IS5 fizeram uma conexão mais definitiva com o LdM.

Obras populares apologéticas mórmons agora ligam a representação da IS5 com a história do LdM em 1 Néfi 8, 11 e 12, em que o personagem Leí teve uma visão da Árvore da Vida.

Os elementos dessa história, como campo, rio, família, barra de ferro, árvore, são os que os apologistas popularmente comparam com IS5: a Árvore da Vida é identificada como a árvore de Leí, as figuras na IS5 como Leí e sua família, a figura que escreve como Néfi escrevendo a visão, o rio como o rio, a figura encapuzada como uma pessoa cega que se perdeu no caminho (ao contrário do Jakeman!), e a barra de ferro como uma linha grossa ao fundo da IS5.

Então, existe alguma substância para essa análise, ou é, à maneira dos épicos de Homero e do Evangelho de Marcos, apenas uma esforço de imaginação? Sobre esta história, os principais apologistas mórmons não concordam com Jakeman. 

Apologistas SUDs discordam de Jakeman

John Clark

1 - John Clark


Dois itens da primeira edição de 1999 do Journal of Book of Mormon Studies ("The History of an Idea" by Stewart Brewer; "A New Artistic Rendering of Izapa Stela 5") pelo mormon John Clark, mostram estes pontos, antes de Stewart Brewer:


 - Mesmo no começo, Jakeman invoca criatividade para ligar a IS5 com a visão. 

"Por exemplo, o campo largo que ele acreditava ser representado por um pequeno segmento no fundo. Ele alegou que era conceitualmente um grande campo, mas que não pôde ser representado de forma maior porque a cena já estava muito cheia."

- O trabalho posterior de Norman, que envolveu extenso exame e fotografia da IS5, designado por "erros na detecção de detalhes", atormentou a interpretação de Jakeman e mostrou que muito do seu trabalho é inválido. 

No entanto, ele passou a sugerir que uma "estrada da vida" seja o tema da IS5, o que não invalida a hipótese de Jakeman, mas sim "aprofunda o seu significado."


Agora os destaques dos itens de John Clark, no qual se constata o avanço das interpretações do monumento mesoamericano desde Jakeman e Norman:

- A IS5, entre a Stela de Izapa, é "a cena mais complexa" na coleção, e talvez de toda a América do Norte antes de Cristo.   

O pesquisador Garth Norman, por exemplo, contou "pelo menos 12 figuras humanas, uma dúzia de animais, mais de 25 objetos inanimados ou botânicos e 9 máscaras estilizadas de divindades."

- As 12 "raízes" da árvore, que um apologista mórmon identifica como representando as 12 tribos de Israel, é na realidade, "os dentes alongados de um crocodilo ou monstro da terra", e o tronco da árvore "funciona como o corpo do crocodilo..". Este é o crocodilo em cujas costas a terra descansou, e que por sua vez, flutuava no mar primordial.

- Duas das seis figuras humanas, incluindo a mulher, seguram objetos pontiagudos. A mulher está usando o seu objeto para "fazer um buraco em sua língua para tirar sangue e usá-lo como uma oferenda aos deuses ..."

- O estudo de Irene Briggs, em 1950, é citado, no qual foram feitas comparações de semelhanças temáticas e outros temas e da arte do Oriente Próximo. Ela encontrou apenas cinco paralelos temáticos gerais e não mostram nenhuma conexão em termos de estilo artístico.

- Clark observa que a IS5 não se correlaciona com a história e a geografia do LdM como ela é entendida hoje.

Ele acrescenta que não há nenhuma indicação em 1 Néfi que Leí ou outros compartilharam o sonho de Leí com outras pessoas. Ele acrescenta que a cena em Néfi não diz quem estava presente e se foi queimado incenso.

".. Apenas dois elementos mencionados no texto, a árvore frutífera e a água, podem ser reconhecidas na pedra, sem recorrer a conjecturas".

- Jakeman e outros escritores, mais tarde, identificaram o personagem velho como Leí. Essa identificação é baseada em um desenho ao lado do personagem, que seria um osso maxilar (combinando com a queixada de Sansão ergueu quando ele chamou o lugar "Lehi"). No entanto, o que está ao lado do homem velho é um crânio, e ele está "visivelmente sem mandíbula."

- Peixes e beija-flores no cenário, que um apologista afirma serem símbolos da ressurreição e da vida eterna, não o são: o peixe, pelo menos "não fazem sentido" e é preciso verificar outros monumentos para esclarecer seu significado, diz Clark.

Clark finalmente conclui que o trabalho de Jakeman é 
"muito especulativo e se baseia em muitos pontos fracos da lógica para ser aceito". 
 Ainda, que a cena da IS5 provavelmente tem algo a ver com um rei como intercessor para o seu povo, não oferecendo nenhuma conexão específica com o LdM, embora ele sugere que a arte da IS5 pode ter uma ligação com os povos jareditas do LdM.

2 - Hugh Nibley



Hugh Ni
Hugh Nibley, o principal apologista SUD, descartou a interpretação Jakeman como apenas um desejo de seu pensamento, fazendo críticas por sua falha em verificar se há paralelos na arte do Extremo Oriente e na arte mesoamericana; por ignorar ou deixar de lado as explicações que contrariam evidências contrárias;  por "erros grosseiros em questões elementares de evidências linguísticas e iconográficas", e por oferecer interpretações improváveis ​​ao invés de explicações simples.

- Um pouco antes de Suzanne Miles, outro pesquisador, Clyde Keeler, ofereceu uma interpretação que também discordava da de Jakeman. Em 1982, um graduado da BYU, Gareth Lowe, interpretou a IS5 como um mito da criação. 

Lowe observou:
"Eu não posso escapar à impressão de que a Stela 5 representa um mito da criação original, muito semelhantes às registadas muito mais tarde no Popol Vuh"[8].

Mais recentemente, porém, o popular apologista mórmon Michael Griffith e o professor da BYU sobre antigas escrituras, Alan Parrish, saíram em apoio a interpretação de Jakeman.

Nenhum dos problemas sejam, talvez, surpreendentes, uma vez Jakeman tinha pouca experiência em escavação e análise de materiais. Isso é irônico, pois Jakeman respondeu a Nibley (e outro crítico Mórmon de sua obra, John Sorenson), afirmando que nenhum deles era qualificado para fazer tais avaliações.

Pesquisadores da Mesoamérica interpretam a Stela 5


Em 1965, a Dra em arte mesoamericana Suzanne Miles ofereceu a primeira visão não-mórmon significativa da IS5 e a descreveu como um "mito visual fantástico."[9] Sua interpretação não apóia, de forma alguma, a de Jakeman. 

Ela fez seu próprio desenho da Stela, que difere em algumas áreas da de Jakeman. Sua análise agrupa a Stela 5 com outros monumentos dos períodos pré-clássicos tardios e protoclassico em Izapa, como as Stelas 2, 7, 12, 18, 21 e 22. Isto implica que a iconografia ou símbolos visuais deste conjunto surgiu de artistas que compartilhavam a mesma cultura e mesmo mito.  
Principais pesquisadores da mesoamérica identificaram a imagem central como uma árvore do mundo que ligaria o céu acima com a água ou o mundo abaixo [10].

Linda Schele e Mary Ellen Miller propuseram tamb
ém que a Stela registra o mito da criação, com os seres humanos mal formados emergindo de um buraco no lado esquerdo da árvore. Os personagens sentados estão finalizando os seres humanos de várias maneiras [11].  

Julia Guernsey Kappelman, por outro lado, sugere que as figuras sentadas são da elite de Izapa realizando uma atividade ritualistica em uma "cena quase histórica", que é colocada no contexto da "paisagem simbólica da criação" [12]. 

Outros pesquisadores foram anteriormente citados no texto e referenciados por estudiosos SUDs.



Conclusão: 

Apologistas mórmons populares que usam a IS5, na melhor das hipóteses, colocam a carroça na frente dos bois, e, na pior delas,contradizem a sua razão. Assim, é claro que a IS5 não é uma arma eficaz no arsenal da apologética mórmon e deve ser arquivado, pelo menos por enquanto.

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Para ler mais sobre diversas Stelas:



Fontes: 

Texto traduzido e adaptado de http://www.tektonics.org/qt/stela5.html
  1. Kubler, George (1990) The Art and Architecture of Ancient America, 3rd Edition, Yale University Press, p, 328 ISBN 0-300-05325-8.
  2. Guernsey Kappelman, Julia; Izapa (Precolumbian Art and Art History)"
  3. Lowe, Gareth W. Thomas A. Lee Jr., and Eduardo Martinez Espinosa (1982) "Izapa: An Introduction to the Ruins and Monuments", in Papers of the New World Archaeological Foundation 31: 110
  4. Guernsey Kappelman state this, with others.
  5. Pool, Christopher (2007) Olmec Archaeology and Early Mesoamerica, Cambridge University Press, p.271,  ISBN 978-0-521-78882-3.
  6. Kulbler, p. 328.
  7. Brewer, Stewart W., (1999); "The History of an Idea: The Scene on Stela 5 from Izapa, Mexico, as a Representation of Lehi's Vision of the Tree of Life"
  8. 3. Gareth W. Lowe, Thomas A. Lee Jr., and Eduardo Martinez Espinosa, "Izapa: An Introduction to the Ruins and Monuments," Papers of the New World Archaeological Foundation 31 (1982): 305.
  9. Suzanne W. Miles, "Sculpture of the Guatemala-Chiapas Highlands and Pacific Slopes, and Associated Hieroglyphs," in Archaeology of Southern Mesoamerica, ed. Gordon R. Willey (Austin: University of Texas Press, 1965), 1:258.  
  10. Veja Guernsey Kappelman.
  11.  Schele, Linda; Mary Ellen Miller (1986). The Blood of Kings: Dynasty and Ritual in Maya Art. Fort Worth, Texas: Kimball Art Museum. p. 141
  12.  Guernsey Kappelman, p. 124

2 comentários:

  1. É A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Ultimos Dias deve incomoda-la muito, sua vida deve se muita cheia de afazeres, pois provavelmente deve ter outros blog referente a outras religiões, tipo candombler, a catolica, e todos os protestantes, isso sem falar nos agnosticos, budista, muçulmanos, hindus, animista, etc, etc, que utilidade para o tempo Bem disse Joseph Smith:"Pretendemos o privilégio de adorar a Deus Todo-Poderoso de acordo com os ditames de nossa própria consciência; e concedemos a todos os homens o mesmo privilégio, deixando-os adorar como, onde ou o que desejarem." 11º Regra de Fé.

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    1. JPassos

      A igreja SUD nào me incomoda, apenas as mentiras contadas por ela...

      Aliás, mentiras nào o incomodam??? Quando você ouve uma mentira, você permanece quieto ou trata de falar a verdade? Bom, eu não fico quieta!

      E não, não tenho blog sobre outras religiões porque nunca pertenci a nenhuma delas. Só escrevo sobre aquilo que eu conheço muito bem :D

      E vocês podem adorar o que quiserem, podem louvar seu profeta, adorar pedras, adorem o que quiserem. Nunca impedi ninguém - e nem tenho essa pretensão - de adorar nada!

      O que vocês fazem não me interessa. O que me interessa, como já expus, é falar a verdade quando mentiras são contadas. Simples assim!

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