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quinta-feira, 19 de novembro de 2009

JOSEPH SMITH 1 - adolescência e caça ao tesouro

Iniciarei este assunto com uma citação de Joseph Fielding Smith:


O mormonismo deve manter ou negar a história de Joseph Smith. Ele era um profeta de Deus, divinamente chamado, propriamente comissionado, ou ele era uma das maiores fraudes que este mundo já viu. Não há meio termo. Se Joseph era falso,  que deliberadamente enganou as pessoas, então ele deve ser exposto, suas afirmações devem ser negadas e suas doutrinas devem ser falsas, pois as doutrinas de um impostor  não podem se harmonizar com em todas as particularidades com a verdade divina. Se suas afirmações e declarações foram construídas sobre fraude e falsidade, apareceriam ários erros e contradições, que seriam facilmente detectados” [1]

As análises aqui feitas não são a biografia completa da vida de Joseph Smith, pois isto já foi muito bem feito por vários estudiosos. Aqui, avaliaremos  as partes mais importantes do caráter deste homem, assim como as influências que ele sofreu ao longo de sua vida e que delinearam o rumo do mormonismo.

1 - HISTÓRIA GERAL

Joseph Smith Jr. nasceu em Sharon, Vermont. Seu pai, também chamado Joseph, e sua mãe, Lucy, começaram o casamento com o dote de mil dólares. Mas este dote foi gasto rapidamente e a fazenda na qual viviam logo ficou cheia de mato.

Numa tentativa de recuperar suas perdas, o pai de Joseph ouviu dizer que os chineses pagariam altos valores pela raiz de ginseng, que crescia em Vermont. Assim, ele investiu tudo que sobrara num carregamento de Ginseng para a China. Quando seu plano falhou, a família mudou-se para uma fazenda próxima a Palmyra, Nova York, na parte oeste do estado. Ali estavam em condições um pouco melhores que em Vermont.

Os Smith eram uma família pobre, e não podiam arcar com os custos de uma educação particular para seus filhos. As crianças aprenderam a ler e a escrever com sua mãe Lucy, e com seu pai Joseph Smith Sr., que ocasionalmente também era profesor.  Ao ler a biografia de Lucy, percebemos que ela era muito bem educada e sem dúvidas, capaz de ensinar um certo nível de inglês aos seus filhos. [2]

No mesmo livro acima citado, encontramos os escritos de Lucy Smith:
“Conforme nossos filhos foram excluídos do privilégio das scolas, nós começamos a fazer de tudo para realizarmos essa importante tarefa. Nós colocamos nosso segundo filho, Hyrum, em uma academia em Hanover, e os outros, que não tinham idade suficiente, nós os colocamos em uma escola comum, que também era bem conveniente. Enquanto isso, eu e meu companheiro estávamos fazendo tudo que nossas habilidades permitiam para a prosperidade e vantagem da família”

Um mito dentro do mormonismo é apresentar Joseph Smith como um garoto da fazenda ignorante, que foi escolhido por Deus para ser Seu representante. Assim, é afirmado que Joseph não poderia saber o suficiente para compor e criar o livro de mórmon a partir de seus conhecimentos.

Enquanto Joseph não foi educado no sentido formal, ele era um leitor muito capacitado. Amostras antigas de seus escritos mostram claramente que ele era capaz de compor pensamentos de forma polida e literata. Quando essa capacidade de leitura é unida com a disponibilidade de materiais de leitura e uma mente altamente questionadora,  emerge uma imagem bem diferente daquele garoto ignorante da fazenda.

Apesar de sua ortografia e sintaxe não serem boas em relação aos padrões do século XXI, devemos lembrar que apenas em 1828 os primeiros dicionários americanos foram publicados, e a ortografia foi padronizada.

2 - VIDA RELIGIOSA

O lar em que Joseph Smith foi criado estava religiosamente dividido. Lucy Mack (figura ao lado) veio de uma família de Connecticut, que se separou do tradicional Congregacionismo (ver mais detalhes AQUI – em inglês) e uniu-se aos Procuradores (Seekerism*), um movimento que procurava por um novo profeta e novas revelações para a restauração do cristianismo verdadeiro.

O avô materno de Joseph, Solomon Mack, afirmava ter presenciado visitas divinas do paraíso. Quando ele tinha 78 anos, os relatos destas visitas foram publicados em um pequeno livro que ele distribuiu aos amigos, vizinhos e à qualquer um que o comprasse. [3]

Já a família de seu pai, de acordo com os dados genealógicos de New England, vinha de homens ilustres. Robert Smith, um puritano que chegou nos EUA em 1638, teve um filho, Samuel Smith, que foi o representante de Massachusetts. Asahel Smith, filho de Samuel e avô de Joseph, foi capitão da Minute Men, que respondia pelo alarme de Lexington e pela defesa de Boston. [4]


Portanto, a família de seu pai tendia para o racionalismo e ceticismo. Asahel Smith, também promoveu a crítica cética da Bíblia (the Age or Reason), feita por thomas Paine.

*Seekerism: membros de qualquer um dos muitos grupos de separatistas puritanos do século XVI da Inglaterra, que procuravam por novos profetas que revelassem a igreja verdadeira de Deus. Os Procuradores concordavam com os princípios de Caspar Schwenckfeld de Lower Silesia, Sebastian Franck, de Swabia, Dirck Coornhert, da Holanda, e outros reformadores que negavam a eficácia de todos os princípios religiosos como forma de salvação, como o sacramento, batismo e escrituras. Seus serviços eram encontros secretos nos quais os membros falavam apenas quando inspirados a fazerem-no. Os Procuradores iniciaram a “Sociedade dos Amigos (Quakers). Perseguidos na Europa, muitos foram para Rhode Island, onde o fundador, Roger Williams professava aos Procuradores idéias e pregava a liberdade religiosa para todos).


Lucy Mack Smith, a mãe de Joseph Smith Jr., era uma mulher ambiciosa e muito mística, sempre falando de seus sonhos estranhos. Ela era, entretanto, a mais empreendedora da família. As pessoas que a conheciam diziam que ela podia olhar diretamente em seus olhos, inventar um conto inimaginável e, quando desafiada, conseguia defender suas afirmações exageradas sem nenhum constrangimento.


Muito pouco pode ser dito sobre o pai de Joseph Smith. O escritor mórmon Dale Morgan descreve Joseph Smith Sr. como “Não tendo inclinação para o trabalho físico ou de campo, e não era um homem de se isolar em um local solitário na periferia da civilização” [5]
 
Ele também era dado à caça ao tesouro. Em uma declaração assinada por vários cidadãos proeminentes de Manchestes, Nova York, em 3 de novembro de 1833, Smith pai era descrito como “preguiçoso, indolente, sem temperança [podendo referir-se à bebidas alcoólicas], destituído de caráter moral e viciado em certos hábitos” [6]

Apesar de terem uma certa religiosidade, a família raramente ia à igreja. Lucy ia à alguns encontros presbiterianos, mas seu marido se recusava a acompanhá-la. Após se mudarem para Palmyra, eles se envolveram com magia e com procura de tesouro.

D. Michael Quinn, um estudioso mórmon, documentou cuidadosamente como a cultura da época influenciou Smith, especialmente sua família. Seu pai e seu tio usavam gravetos divinos [7]. Luman Walters ensinou à Joseph como usar a “Pedra do Vidente” para descoberta de tesouros [8] e “espíritos familiares”, e a usar instrumentos de bruxaria como “sapos empalhados” e uma “adaga antiga” [9].

Ainda, as seguintes declarações mostram as espectativas religiosas da família:

Sobre Asahel Smith, avô de Joseph Smith:
"Meu avô” recorda o primo de Joseph, George A. Smith “disse que ele sempre soube que Deus iria levantar algum ramo de sua família que seria de grande benefício para a humanidade”. [10]

De acordo com Joseph, após seu avô Asahel ter lido quase todo o livro de mórmon:
“ele declarou que eu [Joseph] era o profeta que ele já sabia que viria nesta família”.[11]

A família Smith deu muita atenção às revelações de Joseph e, de acordo com sua mãe, geralmente passavam as tardes ouvindo-o ensinar. Lucy Mack Smith, mãe de Joseph Smith disse:

“Eu presumo que nossa família apresentava um aspecto mais singular do que qualquer outra família que já viveu na face da terra – todos se sentavam em círculo, pai, mãe, filhos e filhas, e davam uma profunda atenção à esse garoto de 18 anos de idade: .... A união mais doce e a felicidade espalhavam-se em nossa casa, e a tranquilidade reinava em nosso meio”. [12]

3 – CAÇADOR DE TESOUROS E VISIONÁRIO


Entre os fazendeiros de New England, em Vermont e em New Hampshire, o sonho de encontrarem tesouros enterrados pelos povos indígenas ou espanhóis não era raro. Vários caçadores de tesouro lideravam grupos para cavarem o solo em locais “especiais”.


Quando Joseph era adolescente, um mágico e caçador de tesouros itinerante, chamado Luman Walters, ou “Walters o mágico” parou em Palmyra e ofereceu seus serviços aos residentes locais. O adivinhador afirmou que poderia localizar não apenas água subterrânea, mas também tesouros enterrados! 

Ele inspirou confiança suficiente em alguns fazendeiros, que o contrataram por 3 dólares por dia para procurar tesouros em suas terras.
 
Walters possuía várias pedras mágicas para descobrir a localização dos tesouros e também um velho livro, que ele afirmava ter ali os escritos dos antigos índios, e que continha uma escrita incompreensível aos homens. Esses escritos revelavam a localização dos tesouros indígenas.

O jovem Joseph mostrou-se muito interessado nas capacidades do adivinho (ocultismo) e passou o máximo de tempo em sua companhia, tentando compreender e aprender as qualidades de Walters. Quando nenhum tesouro foi encontrado e nenhum fazendeiro estava amis disposto a contratá-lo, o adivinho saiu da cidade, mas Joseph já havia aprendido bastante.

Joseph e seu pai sucederam o caçador de tesouros profissional. Juntos, eles alcançaram notoriedade local nesse empreendimento. Os primeiros relatos deste “time” formado por pai e filho na busca de tesouros data de 1819, quando Joseph tinha 13 anos.
 

De 1819 a 1926, Joseph dedicava ativamente meio período de seu tempo na busca a tesouros, usando seu carisma natural e atuação teatral, além da “Pedra do Vidente” (ao lado - photograph by Rick Grunder, 1991 - © 1991 RICK GRUNDER — BOOKS - aparentemente adquirida por Joseph Smith em 1820). Ele também se valia de rituais mágicos e ocultos. Porém, a despeito de todo tempo empregado, não há registros de nenhum tesouro encontrado. 
 
Há várias versões de como Joseph encontrou sua pedra de vidente. Uma delas foi dada pelo próprio pai, Joseph Smith Sr:  
 
Seu filho Joseph estava em um local onde um homem olhava para pedras escuras e dizia às pessoas onde cavar para encontrar terouros e outras coisas [13]. Joseph solicitou para olhar essas pedras, colocando seu rosto num chapéu onde estavam as pedras. Porém, não eram as pedras certas para ele. mesmo assim, ele pode ver coisas, e entre elas, ele viu uma pedra, e onde ela estava, e com ela ele poderia ver o que quisesse. 
 
Smith afirmava e acreditava que havia uma dessas pedras para todos, em algum lugar. O local onde ele vira a pedra não era distante da casa deles; e sob o pretexto de cavar um poço, eles encontraram água e uma pedra, na profundidade entre 20 e 22 pés [14].
 
Depois disto, Joseph passou cerca de 2 anos olhando as pedras, falando sobre fortunas, onde encontrar coisas perdidas e onde cavar para achar dinheiro e outros tesouros escondidos.
 
Durante esse período, Joseph ultrapassou seu pai em reputação popular como praticante dessa atividade subjetiva.


Apesar de não encontrarem nenhum tesouro, os homens realmente acreditavam que Joseph Smith tinha um dom espiritual e podia ver baus de ouro quando escondidos sob a terra.

Com isso, Joseph tornou-se consciente de que as pessoas facilmente acreditavam nele, e que ele poderia ser um instrumento dos desejos de Deus. Ele acreditava que, mesmo através de meios infames, Deus trabalharia através dele. Ele percebeu isso quando liderou grupos na busca de tesouros, em Nova York e Pennsylvania. Esta experiência em liderança espiritual foi de grande valor, pois Joseph aprendeu como criar um ambiente de fé – um ambiente onde as pessoas podiam praticar sua fé e serem convertidas.

Várias declarações confirmam que Joseph Smith atuava como caçador de tesouros e com vários indícios de ocultismo. Mr. Stafford relatou:


"Uma outra vez, eles [os Smith]  elaboraram um esquema, através do qual eles pudessem saciar sua fome com a carne de meu carneiro. Eles viram, no meio dos meus carneiros, um que era grande, gordo e preto. O velho Joseph e um dos seus filhos vieram até mim um dia, e disseram que Joseph Jr.  havia descoberto alguns tesouros impressionantes e valiosos, e que poderia ser obtido apenas de uma forma. Essa forma era a seguinte: aquele carneiro preto deveria ser levado ao solo onde o tesouro estava enterrado - e após cortar a sua garganta, ele deveria ser movimentado formando um círculo, enquanto ainda sangrava. Isto feito, a raiva do espírito demoníaco ficaria calmo e o tesouro poderia ser obtido, e que minha parte seria 4 outros carneiros. Para matar minha curiosidade, eu deixei que levassem o carneiro gordo. Depois de certo tempo, me informaram que aquele carneiro havia sido morto de acordo com os mandamentos, mas houvera algum erro no processo, e não surtiu o efeito desejado.  Essa, acredito eu, foi a única vez que eles fizeram da caça ao tesouro uma atividade rentável. Entretanto, eles estavam constantemente rodeados por um grupo sem valores, cuja função era cavar em busca de tesouros à noite, e que, durante o dia, tinham mais a ver com carneiros que com dinheiro"(Early Mormon Documents, vol. 2, p. 61). 

Houve, porém, um problema legal no estado de Nova York. Este iniciou-se 1825, quando Joseph Smith Jr. foi contratado pelo fazendeiro Josiah Stowel, um visitante que  estava convencido que havia tesouros em suas terras. Como ele ouvira sobre a capacidade do jovem Smith em encontrar objetos perdidos, ele o contratou por 14 dólares por mês, mais estadia e alimentação. O pai de Joseph acompanhou seu filho de 19 anos nessa expedição.
 
A mãe de Joseph confirmou sua notoriedade como vidente e relatou como o Sr. Stowell atravessou o estado para contratá-lo: 
"Um pouco antes da casa ser terminada [1825], um homem chamado Josiah Stoal [Stowell] veio do condado de Chenango, Nova York, com a intenção de ter Joseph como assistente para a escavação de uma mina de prata [na Pennsylvania]. Ele veio por causa de Joseph, pois ouvira falar que ele possuia certos meios pelos quais ele conseguia discernir coisas invisíveis para o olho natural"[15].

H. Michael Maquardt diz que ambos os pais de Joseph o contrataram por causa de sua pedra mágica. Eles falaram que Joseph eram mais do que uma ajuda para Stowell. Joseph Sr, por várias vezes falou que Joseph fora contratado
"sob o requisito de alguém que queria assistência de seus gravetos divinos e pedras, para encontrar tesouros perdidos, possivelmente enterrados por indios ou outros".
Nessa época, Joseph tinha 19 anos e seu pai, 44 [16]

O local da busca foi em Susquehanna Valey próximo à Damascus, Nova York. Vários homens apareceram para auxiliar na busca ao tesouro, esperando compartilhar do achado.

O trabalho progredia lentamente. Nos primeiros dias, os escavadores trabalharam com vontade, antecipando suas riquezas. Mas conforme eles cavavam e não encontravam nada, começaram a desanimar. Quando Joseph disse à eles que o tesouro começara a afundar por causa de encantamentos, eles suspeitaram que ele fosse um charlatão e perceberam que ele os tinha enganado.

Porém, em março de 1826, Peter Bridgman, um vizinho de Stowel fez uma queixa oficial contra Smith, que foi preso por ser um impostor e por perturbar a paz do local. Em 20 de março, aos 20 anos, Joseph foi à julgamento em Chenango County Courthouse, no caso “People of State of New York v. Joseph Smith [Povo do Estado de Nova Yourk contra Joseph Smith]”.

Imediatamente após estas cópias aparecerem no livro No Man Knows My History, de Fawn Brodie (a partir de cópias da corte de Bainbridge), os líderes mórmons declararam que se tratava de uma falsificação para desacreditar Joseph Smith (veja o Deseret News, Church Section, May 11, 1946). O apóstolo John A. Widtsoe afirmou:

"Este alegado registro de tribunal parece ser uma tentativa literária de um inimigo para ridicularizar Joseph Smith reunindo todos os boatos que havia naquela época fazendo parecer como se ele estivesse confessando isto...inclusive não há nenhuma prova de que houve tal julgamento" [17]

Os estudiosos mórmons continuaram a negar a autenticidade desta cópia até que, em agosto de 1971, no jornal Salt Lake City Messenger, foi anunciada uma importante descoberta sobre Joseph Smith. Ela foi feita por Wesley P. Walters, e tratava-se de documentos originais com mais de 140 anos. Esses documentos, encontrados em Norwich, Nova York, provam que Joseph Smith foi preso, julgado e condenado pela justiça em Bainbridge, Nova York.

Abaixo, encontra-se o conteúdo do documento:

STATE OF NEW YORK v. JOSEPH SMITH.

"Warrant issued upon written complaint upon oath of Peter G. Bridgeman, who informed that one Joseph Smith of Bainbridge was a disorderly person and an impostor."
"Prisoner brought before Court March 20, 1826. Prisoner examined: says that he came from the town of Palmyra, and had been at the house of Josiah Stowell in Bainbridge most of the time since; had small part of time been employed by said Stowel on his farm, and going to school. That he had a certain stone which he had occasionally looked at to determine where hidden treasures in the bowels of the earth were; that he professed to tell in this manner where gold mines were a distance under ground, and had looked for Mr. Stowel several times, and had informed him where he could find these treasures, and Mr. Stowel had been engaged in digging for them. That at Palmyra he pretended to tell by looking at this stone where coined money was buried in Pennsylvania, and while at Palmyra had frequently ascertained in that way where lost property was of various kinds; that he had occasionally been in the habit of looking through this stone to find lost property for three years, but of late had pretty much given it up on account of its injuring his health, especially his eyes, making them sore; that he did not solicit business of this kind, and had always rather declined having anything to do with this business. "Josiah Stowel sworn: says that prisoner had been at his house something like five months; had been employed by him to work on farm part of time; that he pretended to have skill of telling where hidden treasures in the earth were by means of looking through a certain stone; that prisoner looked for him sometimes; once to tell him about money buried in Bend Mountain in Pennsylvania, once for gold on Monument Hill, and once for a salt spring; and that he positively knew that the prisoner could tell, and did possess the art of seeing those valuable treasures through the medium of said stone; that he found the (word illegible) at Bend and Monument Hill as prisoner represented it; that prisoner had looked through said stone for Deacon Attleton for a mine, did not exactly find it, but got a p-----(word unfinished) of ore which resembled gold, he thinks; that prisoner had told by means of this stone where a Mr. Bacon had buried money; that he and prisoner had been in search of it; that prisoner had said it was in a certain root of a stump five feet from surface of the earth, and with it would be found a tail feather; that said Stowel and prisoner thereupon commenced digging, found a tail feather, but the money was gone; that he supposed the money moved down. That prisoner did offer his services; that he never deceived him; that prisoner looked through stone and described Josiah Stowel's house and outhouses, while at Palmyra at Simpson Stowel's, correctly; that he had told about a painted tree, with a man's head painted upon it, by means of said stone. That he had been in company with prisoner digging for gold, and had the most implicit faith in prisoner's skill. "Arad Stowel sworn; says that he went to see whether prisoner could convince him that he possessed the skill he professed to have, upon which prisoner laid a book upon a white cloth, and purposed looking through another stone which was white and transparent, hold the stone to the candle, turn his head to book, and read. The deception appeared so palpable that witness went off disgusted. "McMaster sworn; says he went with Arad Stowel, and likewise came away disgusted. Prisoner pretended to him that he could discover objects at a distance by holding this white stone to the sun or candle; that prisoner rather declined looking into a hat at his dark coloured stone, as he said that it hurt his eyes."
"Jonathan Thompson says that prisoner was requested to look for a chest of money; did look, and pretended to know where it was; and prisoner, Thompson, and Yeomans went in search of it; that Smith arrived at spot first; was at night; that smith looked at hat while there, and when very dark, and told how the chest was situated. After digging several feet, struck upon something sounding like a board or plank. Prisoner would not look again, pretending that he was alarmed on account of the circumstances relating to the trunk being buried, [which], came all fresh to his mind. That the last time he looked he discovered distinctly the two Indians who buried the trunk, that a quarrel ensued between them, and that one of said Indians was killed by the other, and thrown into the hole beside the trunk, to guard it, as he supposed."
Thompson says that he believed in the prisoner's professed skill; that the board which he struck his spade upon was probably the chest, but on account of an enchantment the trunk kept settling away from them while digging; that notwithstanding they continued constantly removing the dirt, yet the trunk kept about the same distance from them. Says prisoner said that it appeared to him that salt might be found at Bainbridge, and that he is certain that prisoner can divine things by means of said stone. That as evidence of the fact prisoner looked into his hat to tell him about some money witness lost sixteen years ago, and that he described the man that witness supposed had taken it, and the disposition of the money; "And therefore the court find the defendant guilty."

Costs: Warrant, 19c. Complaint upon oath, 25 1/2c. Seven witnesses, 87 1/2c. Recognisances, 25c. Mittimus, 19c. Recognisances of witnesses, 75c. Supoena, 18c.--$2.68."

Este julgamento foi publicado, na época, na Fraser's Magazine, fev. 1873, 229 - 230.

Antes que esta descoberta fosse feita, as autoridades de Igreja disseram isto:

 
"Um estudo cuidadoso de todos os fatos a respeito desta 
alegada confissão de Joseph Smith em um tribunal, 
que ele tinha usado uma pedra de vidente para achar 
tesouros escondidos de modo fraudulento, deve chegar
à conclusão que nunca ouve tal registro e portanto, 
nunca aconteceu...se existisse alguma evidência de que 
Joseph Smith usou uma pedra de vidente para praticar 
fraude e engano, especialmente se tivesse feito esta 
confissão em um tribunal já em 1826, ou quatro anos 
antes do Livro de Mórmon ser impresso, e se essa confissão 
estivesse em um registro de tribunal, teria sido impossível  
para ele ter organizado a Igreja restaurada."

Fonte: A New Witness For Christ In America, Salt Lake 
City: Vol. 1, 385-387.
 
A seguir, encontram-se as reproduções fotográficas do documento do juiz Albert Neeley mostrando o processo e os custos envolvidos em vários julgamentos em 1826. O quinto ítem menciona o julgamento de "Joseph Smith, o Adivinhador.
 
Veja as reproduções abaixo:

Documento 1: 

Documento 2: Custos do Juiz Albert Neely (partes de Joseph Smith estão destacadas)



Documento 3: Custos do Juiz de Paz Phillip De Zeng


 

Documento 3: Verso do documento do Juiz Neely com autenticação
  

Documento 4: Verso do documento do Juiz de Paz De Zeng com autenticação
 


 __________________________________
Notas
1 - Joseph Fielding Smith, Doctrines of Salvation (Salt Lake City: Bookcraft, 1954), v.1, p188).
2 - Biographical Sketches of Joseph Smith the Prophet and His Progenitors for many Generations by Lucy Smith – Mother of the Prophet.
3 - William J. Whalen, The Latter-day Saints in the Modern World (New York: The John Day Company, 1964), 23)
4 - Hebert Spencer Salisbury, "The Mormon War in Hancock County," Journal of the Illinois State Historical Society, July 1915, 281-282.)
5 - John Phillip Walker, Editor, Dale Morgan on Early Days of Mormonism (Salt Lake City: Signature Books, 1986), 219.
6 - Daniel P. Kidder, Mormonism and the Mormons: A Historical View of the Rise and Progress Of the Sect Self-styled Latter-day Saints (New York: Carlton and Lanhan, 1842), 20-21.
7 - Smith's associations with occult traditions in early America, including extensive documentation of events discuss here, are comprehensively detailied in D. Michael Quinn, Early Mormonism and the Magic World View (Salt Lake City: Signature Books, 1987). For a interpretive reading of this history see Lance S. Owens, "Joseph Smith Kabbalah: The Occult Connection", Dialogue: A Journal of Mormon Thought 27 (Fall 1994): 117-194.
8 - Joseph Smith's and his religion's interactions with the Masonic tradition are fully documented in Michael W. Homer, "'Similarity of Priesthood in Masonry': The Relationship between Freemasonry and Mormonism", Dialogue: A Journal of Mormon Thought 27 (Fall 1994): 1-113.
10 - "Sketch of the Auto-biography of George Albert Smith," Millennial Star, June 24, 1865, 407
11 - History of the Church, v.2, p.443.
12 - Lucy Smith, History of the Prophet Joseph Smith, rev. George A. Smith and Elias Smith, (1902), 84.
13 - Dale Morgan suggested that the seer alluded to here was (Luman) Walters the magician discussed by Abner Cole (J. P. Walker 1986, 368, n. 3; see III.E.3, PALMYRA REFLECTOR, 1829-1831, under 12 June 1830, 7 July 1830, and 28 February 1831)
14 - This refers to one of Smith's seer stones, which was found while he and others were digging a well on property owned jointly by Clark Chase and his sons Willard and Mason. Lapham, however, seems to place this event in 1820, while more reliable sources date it to 1822, perhaps in the spring or summer (III.A.14, WILLARD CHASE STATEMENT, CIRCA 11 DEC 1833, 240-41; III.F.10, MARTIN HARRIS INTERVIEW WITH JOEL TIFFANY, 1859, 163; see also Quinn 1987, 41, n. 7). 
15 - For discussion of Joseph Sr.'s use of a divining rod as well as his involvement in treasure-seeking in and around Manchester, New York, see Quinn 1987, 28-32, 36, 43, 57-58, 85, 86, 112, 209-10. See also I.G.1, JESSE SMITH TO HYRUM SMITH, 17 JUN 1829; III.J.2, ORSAMUS TURNER ACCOUNT, 1851, 214; III.A.14, WILLARD CHASE STATEMENT, CIRCA 11 DEC 1833, 240; III.A.9, PETER INGERSOLL STATEMENT, 2 DEC 1833, 232-33; III.A.13, WILLIAM STAFFORD STATEMENT, 8 DEC 1833, 237-38; and III.J.8, POMEROY TUCKER ACCOUNT, 1867, 20-21.
16 - The Rise of Mormonism: 1816-1844, by H. Michael Marquardt, Xulon, 2005, p. 63].
 17 - Joseph Smith—Seeker After Truth, Salt Lake City, 1951, p.78.

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